— O que nos preocupa são os pagamentos que temos pela frente. Há contratos em que já deveríamos ter entregue a soja. E a gente recebe quando entrega — pondera Vicente Barbiero, presidente a Acergs.
A entidade entrou com pedido de liminar na Justiça Federal de Passo Fundo para suspender a tabela de valores vigente para que as 60 associadas possam retomar as atividades.
A Federarroz, explica o diretor jurídico Anderson Belloli, fez um pedido diferente. Solicitou que os produtores não sejam multados quando não seguirem a tabela de preços até que a medida provisória que a instituiu vire lei.
– É para não paralisar a economia da forma como está. Foram 11 dias em razão da greve e depois não retomou em função da tabela – observa Belloli.
Caso não obtenha sucesso, a Federarroz deve entrar com ação direta de inconstitucionalidade. A estimativa é de que o Estado tenha comercializado 30% dos estoques – tendo, portanto, 70% a ser vendido até fevereiro do ano que vem. O volume é superior ao registrado para esta época do ano, mas a preocupação com a paralisia dos negócios tem razão de ser.
— Os vencimentos dos financiamento já começam a ocorrer, e a comercialização está truncada. Porque ou vendo para quem tem frota própria ou não vendo para ninguém – diz Henrique Dornelles, presidente da Federarroz.
Enquanto isso, a ANTT segue tentando encontrar posição intermediária entre a versão de 30 de maio e a do último dia 7, que foi revogada. A expectativa é de que se chegue a um consenso até amanhã